12.1.07

Viva o Youtube

http://www.youtube.com/watch?v=edWmra1bF08

E ainda querem proibir a gente de acessar o Youtube! Absurdo! Aonde mais poderíamos encontrar isso?

Pra quem não conhece, apresento Las Grecas. Convém reparar nos movimentos frenéticos e um tanto disléxicos da beldade da direita. Quem quiser, cante juntinho. Não sei se a escrita está correta, mas não importa: o refrão é o melhor! E se alguém souber que catzo é “acombenzo”, eu agradeço.

Te estoy amando locamente,

pero no sé como te lo voy a decir.
Quisiera que me compremdieras,
y sin darte cuenta te alejas de mi.
Prefiero no pensar,
prefiero no sufrir.
Lo que quiero es que me beses,
recuerda que deseo tenerte muy cerca,
pero sin darte cuenta te alejas de mi

Si me acobenzo,
si me acombenzo,
dame tu ausenci
que sabe a beso,
Nai no nai no na, nai no nai no na,
nai no nai, nai no nai, nai no na.
Nai no nai no na, nai no nai no na,
nai no nai, nai no nai, nai no na.

5.1.07

Puf

(numa referência ao querido Rabuti)

Que bom que seja assim. Ótimo, então, tá combinado. Ano Novo em Sampa, sem praia, sete ondas, areia incomodando na roupa branca, só uma puta festa pra compensar, mesmo. Muita gente, alegria, comida até a tampa, bebida, então, vixe. Vai ser demais de bom. Chego lá pelas 10.

Nossa, quanta gente que eu amo. Nunca passei um reveillon assim, tão cercada de amor. Um monte de crianças e gente feliz, rindo, se abraçando. Ano 9, mudanças, transformações, vai ser demais de bom. Já tô até vendo. Difícil, que mudar custa, ô se custa. Mas é preciso. Da mesma forma que é preciso encher o copo a toda hora, muito gelo, tá calor, mas muito, muito mais uísque. Delícia. O corpo ficando leve, o riso, solto. E a contagem regressiva. Meia noite. Feliz Ano Novo.

Aí aconteceu. Será física quântica? Vai ver foi só o uísque. Um fenômeno paranormal, talvez, essas coisas devem acontecer em horas mágicas como essa, embora o horário de verão, a mágica não devia ser agora, mas que seja. Aconteceu naquela hora.

Pais abraçando filhos, namorados abraçando namoradas, mulheres abraçando maridos. E meu corpo devidamente vestido de branco suspenso numa espera de espectador. Trinta segundos de completa solidão. Só olhando, tentando rir de início, mas depois um estranhamento, como estar, sei lá, em outra dimensão? Talvez atrás de um vidro espelhado, vendo sem ser vista. Até um silêncio, acredita? Trinta segundos que pareciam dias, anos, todos os meus anos de solidão ali concentrados, tipo buraco negro, sabe? Nunca passei um reveillon assim, tão cercada de nada.

Até que alguém me viu e resolveu me abraçar. Nem sei se ele notou meu constrangimento, o não saber o que fazer com as mãos, olhando os abraços como se no cinema, escuro em volta e a cena só de ver, não de tocar. Cheia de vergonha pelo meu isolamento naquela dimensão. Um abraço-bóia-salva-vidas, um puxão pelos cabelos e a tentativa de aspirar o ar. Inútil.

Depois disso, o tempo parece correr diferente. Sem entender bem a passagem dos dias e das noites, ainda naquela dimensão de bolha inacessível. Será essa a mudança? Se for, já tô até vendo. Vai ser demais de bom.